Novo coronavírus apenas aumentou as necessidades de limpeza em alguns serviços. Em quase todos os outros sem empresas abertas não há trabalho.
A associação portuguesa que representa as empresas de limpeza diz que, ao contrário do que se possa pensar, também este setor passa por uma grave crise com o impacto da Covid-19 e está à beira de ser obrigado a despedir milhares de pessoas.
Fernando Sabino, diretor executivo da Associação Portuguesa de Facility Services, confirma que em alguns setores, como os hospitais ou supermercados, têm tido mais procura, mas com o fecho de muitas empresas os serviços de limpeza estão suspensos, num setor de mão-de-obra intensiva com 70 mil funcionários.
O responsável detalha que as medidas até agora anunciadas pelo Governo de apoio às empresas não servem o setor das limpezas pois estas empresas, ao contrário de outras, não tiveram uma paragem completa da sua atividade, mas sim uma suspensão de grande parte dos serviços que fica longe de ser compensada pelos novos que surgiram com a pandemia.
“O que acontece às empresas que viram o serviço de limpeza suspenso pelos clientes?”, questiona Fernando Sabino, admitindo que milhares de trabalhadores arriscam-se a ser despedidos.
“Quando se pensa que perante esta doença há mais necessidades de limpeza isso é verdade, mas apenas para alguns locais que se mantêm abertos pois no resto quase tudo está parado”, afirma.
Fernando Sabino afirma que quando os contratos de limpeza são suspensos as empresas não conseguem pagar aos seus trabalhadores.
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